O piloto Klever Kolberg tem demonstrado cada vez mais seu comprometimento ambiental, reforçando seu apoio ao uso de combustíveis renováveis e mais limpos. Mesmo considerando o prejuízo competitivo causado pela implantação da tecnologia - que exigia um carro com tanque maior, gerando mais peso suspenso no veículo -, o competidor gaúcho foi pioneiro na introdução do etanol no Rally Dakar de 2010 e um dos principais participantes na recém-criada categoria Pro-Etanol do Rally dos Sertões, no ano passado. Kolberg é o atual campeão da Pro-Etanol e também ficou em segundo na classificação geral.
Envolvido com o universo off-road há quase 25 anos, tendo participado 23 vezes do Rally Dakar e outras 11 do Rally dos Sertões, Klever tem defendido e proposto atitudes que minimizem os impactos ambientais causados pelas competições. A pioneira utilização do etanol no Dakar e o investimento nesta tecnologia no Sertões - duas das principais competições do gênero no mundo - são dois exemplos.
Envolvido com o universo off-road há quase 25 anos, tendo participado 23 vezes do Rally Dakar e outras 11 do Rally dos Sertões, Klever tem defendido e proposto atitudes que minimizem os impactos ambientais causados pelas competições. A pioneira utilização do etanol no Dakar e o investimento nesta tecnologia no Sertões - duas das principais competições do gênero no mundo - são dois exemplos.
Inspirado no modelo do Dakar, o piloto fez uma sugestão à organização do Rally dos Sertões. "Acho importante que a organização do Rally dos Sertões encomende um estudo do rastro de carbono que o rali emite, não só pela movimentação de competidores, equipes de apoio e organização, mas pelo evento como um todo. Então, poderia ser acrescida no valor da inscrição uma taxa que seria investida em ações ambientais, para zerar este rastro", comentou Kolberg. "Historicamente, o Sertões tem realizado ações bastante importantes e elogiáveis, mas acho que nós, competidores, também podemos contribuir com ideias e também com ações. Com o passar dos anos, tenho sentido que a preocupação ambiental - que inicialmente era mais algo como uma curiosidade - se tornou algo muito presente nas equipes. Acho que estamos em um momento que novas ideias encontrariam muita adesão entre os competidores", observa o piloto.
Outras categorias, como a Fórmula Indy, já têm se mobilizado em relação à compensação da emissão de poluentes. Neste ano, através do programa Carbon Free, que levou em consideração as atividades das cerca de cinco mil pessoas envolvidas na produção da prova, o deslocamento (ida e volta) dos dois aviões cargueiros que transportam os carros e todo material das equipes desde os Estados Unidos e os veículos utilizados na construção do circuito e nas operações de pista, foi estimado o plantio de quatro mil árvores para neutralizar as emissões dos gases emitidos para a realização da prova. Já em 2010, a São Paulo Indy 300 promoveu o plantio de árvores ao longo das Marginais do Tietê e Pinheiros.
Novidades - Kolberg falou ainda sobre as novidades de redução de impacto ambiental que sua equipe, a Valtra Dakar Eco Team, irá adotar durante a disputa do 19º Rally Internacional dos Sertões, que acontece entre os dias 09 e 19 de agosto. "Vamos levar um equipamento da Veolia para desmineralização de água - para usar no motor - e disponibilizá-lo para todas as equipes. Além disso, os veículos de nossa equipe de apoio vão usar pneus reformados fornecidos pela Vipal. Vamos ainda colaborar com a Ação Ambiental do evento, fazendo a coleta seletiva de resíduos", explicou Klever.
Desde 2001, o Sertões conta uma importante Ação Ambiental. No ano passado, a equipe de ambientalistas "Os Canastras", responsável pelo serviço, recolheu, nos onze acampamentos que abrigaram os participantes e membros das equipes, o total de 15 toneladas de materiais descartáveis como papel, plástico, alumínio e vidro, além de 600 litros de óleos lubrificantes e de cozinha. Fora isso, ao longo do percurso de 4.486 quilômetros, foi coletada outra tonelada de detritos deixados, divididos em 65 kg de fibra de vidro, 514 kg de plástico, 72 kg de metal, 26 kg de vidro, 104 kg de papel, 204 kg de borracha (incluindo pneus) e cinco litros de óleo.
"Eles fazem um trabalho importantíssimo, ao recolher todos os detritos gerados ao longo da competição. O Rally dos Sertões e os esportes em geral tem esse poder, de dar o bom exemplo e o de facilitar o envolvimento dos competidores em ações desse tipo", disse Klever.
A Ação Ambiental do Rally dos Sertões soma dois prêmios internacionais, o "2009 Enviromental Awards", prêmio concedido pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM) aos mais destacados programas de conscientização e de preservação do meio ambiente ligados aos esportes a motor em todo o mundo e em 2007 recebeu outro, outorgado pela ULM (União Latinoamericana de Motociclismo), entidade filiada a FIM.
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